Foto: Rafael Cabeleira
“Que saudade do meu tempo de criança, quando eu ainda
era pura esperança”. Esse foi o início de um memorável hit dos anos 90 de Thaíde
& DJ Hum, que pode representar gerações. O que determina isso é a atual
situação, resultante de uma série de acontecimentos dados num certo momento. O
passado já se foi e o futuro ainda não existe. O que resta é o presente.
Tudo que aconteceu deve ser entendido e também ajuda na
formação do presente de cada um de nós. Os
acontecimentos podem ser os atuais e os possíveis, presos em nossas decisões
diárias. É preciso entender a mensagem que a vida passa todos os dias, na qual é
transmitida para o receptor, que somos nós, formiguinhas deste mundão de
escolhas.
Tem também a mudança que podemos fazer e pressupõe
alterações da situação que nos encontramos. Esperar pode ser uma boa
alternativa, mas quem muito espera, pode nada mudar. Em meio a tudo isso existe
o acaso, que acontece a esmo e não tem explicação. Por fim, não tem motivo para
acontecer.
O mais certo é acreditar, aceitar o que a vida nos dá.
Admitir quando algo de bom acontece e não ter medo. Já ia me esquecendo da fé.
Cremos em algo como uma verdade, sem provas ou critérios, capaz de mover o
mundo. Como diria aquele consagrado cantor mineiro chamado Milton, ”mas é
preciso ter força, é preciso ter raça, é preciso ter gana sempre. Quem traz no
corpo a marca, mistura a dor e a alegria”, ou simplesmente cantar o refrão do
som citado no início do texto, “que tempo bom, que não volta nunca mais”. E
vamos em frente, ou...