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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Pavilhão Freud ou vamos em frente?

                                                                            Foto: Rafael Cabeleira

“Que saudade do meu tempo de criança, quando eu ainda era pura esperança”. Esse foi o início de um memorável hit dos anos 90 de Thaíde & DJ Hum, que pode representar gerações. O que determina isso é a atual situação, resultante de uma série de acontecimentos dados num certo momento. O passado já se foi e o futuro ainda não existe. O que resta é o presente.

Tudo que aconteceu deve ser entendido e também ajuda na formação do presente de cada um de nós.  Os acontecimentos podem ser os atuais e os possíveis, presos em nossas decisões diárias. É preciso entender a mensagem que a vida passa todos os dias, na qual é transmitida para o receptor, que somos nós, formiguinhas deste mundão de escolhas.

Tem também a mudança que podemos fazer e pressupõe alterações da situação que nos encontramos. Esperar pode ser uma boa alternativa, mas quem muito espera, pode nada mudar. Em meio a tudo isso existe o acaso, que acontece a esmo e não tem explicação. Por fim, não tem motivo para acontecer.


O mais certo é acreditar, aceitar o que a vida nos dá. Admitir quando algo de bom acontece e não ter medo. Já ia me esquecendo da fé. Cremos em algo como uma verdade, sem provas ou critérios, capaz de mover o mundo. Como diria aquele consagrado cantor mineiro chamado Milton, ”mas é preciso ter força, é preciso ter raça, é preciso ter gana sempre. Quem traz no corpo a marca, mistura a dor e a alegria”, ou simplesmente cantar o refrão do som citado no início do texto, “que tempo bom, que não volta nunca mais”. E vamos em frente, ou...

domingo, 22 de junho de 2014

Olha a Copa aí gente...

A bola está rolando após o trilar do apito e a realidade brasileira segue seu curso natural nada agradável.
Os problemas acabam se misturando com o contexto momentâneo que vivemos, uma vez que mortes absurdas no trânsito, andam de mãos dadas as ocorrências voltadas ao mundo da bolinha.
Mais um assassinato é registrado, delitos são cometidos no mundo do futebol.
Tem estrangeiro tentando dar LSD para o segurança, com o intuito de entrar no Beira-Rio.
Argentino é preso por roubo de celular na FIFA Fan Fest.
A bola balança a rede. Tem Campeão voltando mais cedo pra casa.
Messi é craque.
A família vai ao estádio mostrando satisfação.
Dizem que mais de 100 mil hermanos vão invadir Porto Alegre.
A Cidade Baixa está explodindo de turistas e gente local.
O trânsito segue caótico.
A Copa é linda de se ver.
Amanhã tem Brasil e nada de gol em cobrança de falta...

quarta-feira, 30 de abril de 2014

A Nova Geração de Porto Alegre


                                                 Foto e texto: Rafael Cabeleira

Os jovens porto-alegrenses sempre marcaram presença nos diversos momentos culturais e políticos de nossa sociedade. Tudo bem que não podemos generalizar e colocar todos no mesmo saco, porém um grupo sempre quis estar em evidência através do passar dos tempos. Isso acontece em qualquer sociedade politizada, embora muitos deles confundam o real sentido de ser parte de um momento e contexto político-social.

No final dos anos 60 e na década de 70, presenciamos os chamados rebeldes, caminhando com suas bolsas atravessadas no peito, com cabelos ao vento cultuando a cultura “podicrê”. Já nos anos 80, o Brasil anunciava o fim da era ditadura militar, explodindo as mais variadas manifestações de estilos na capital gaúcha. A Avenida Osvaldo Aranha, no bairro Bom Fim, acolhia todas as estirpes. Ao passear, o morador da capital percebia punks, darks, metaleiros, skinheads, além dos hippies e outros estilos que apontavam uma nova era democrática com a abertura política. No domingo, todo mundo se encontrava no Luar Luar e Escaler. O Luar ficava na Osvaldo esquina com a Rua José Bonifácio. Ali o pessoal apenas se reunia para tomar aquela gelada. Já no Escaler, que ficava atrás do Luar, praticamente dentro da Redenção, onde hoje existe um parque de diversões infantil, foi o palco de muitos shows gratuitos em um espaço chamado fumódromo.   

O tempo passou e os estilos praticamente sumiram. A modernidade fez o novo jovem parecer mais normal. Começamos a perceber mais adeptos identificados com seguimentos, como skatistas, surfistas, roqueiros, todos muito parecidos em essência e com menos rebeldia. Talvez, o mais distintos dos anos 90, foram os “grunges”, que cultuavam o rock vindo de Seattle, nos estados Unidos da América.

Como diz o próprio ditado, o mundo dá voltas ou anda em círculos. Com o novo século, o preconceito diminuiu e o jovem buscou novas aparências e estilos inovadores. Ele precisava se destacar. Neste momento surgiu o estilo emo, autodenominado emotivo. Com um visual e cabelos bem diferentes dos até então usados, os emos foram um elo para o surgimento da Nova Geração, que está aí no momento e se intitula livre para o amor, onde todos se relacionam com todos, sem distinção de sexo, cor ou raça.

Sem preconceito e nenhum pudor, esta geração além de ter seus conceitos, envolve-se em movimentos sociais. Luta pelos direitos do povo, mesmo que muitas vezes nem saiba se está de acordo com sua classe e condição social. Essa nova geração tem ponto de encontro marcado. Os jovens se encontram todas as noites de terça-feira, ao lado da histórica Ponte de Pedra, entre a Borges de Medeiros e a perimetral. O encontro de terça teve início ainda na escadaria da Duque de Caxias, no Viaduto Otávio Rocha. Ali, durante anos, ficava o bar e restaurante Tutti Giorni.

No começo era um encontro de cartunistas, publicitários e jornalistas, depois de ciclistas. Com a mudança do bar justamente para frente do lago da Ponte de Pedra, o movimento eclodiu. Ali, não existe preconceito. Jovens de todas as classes, porém mais despojados, juntam-se para beber, curtir, jogar conversa fora, dançar, tocar instrumentos ao ar livre, sem que haja censura. Muitos aproveitam a noite para comercializar comidas, artesanatos e até mesmo bebidas. Afinal, Porto Alegre sempre teve e terá sua essência, suas diferenças e suas características e o jovem sempre fará parte deste todo.